BIOLOGIA E CONSERVAÇÃO
DE ESPÉCIES AMEAÇADAS
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BIOLOGIA E CONSERVAÇÃO DE ESPÉCIES AMEAÇADAS
O planeta está passando por uma grande perda de biodiversidade, com mais de um milhão de espécies ameaçadas de extinção e um decréscimo populacional médio de 70% desde a década 1970. Entender a biologia das espécies ameaçadas é fundamental para desenvolvermos estratégias de manejo e conservação mais efetivas. Neste cenário, de uma rápida perda de biodiversidade e da urgência do desenvolvimento de estratégias de conservação, que desenvolvemos projetos que visam prover conhecimento sobre a biologia das espécies ameaçadas e a avaliar a efetividade de estratégias de manejo e conservação.
Projetos de pesquisa:
Ecologia espacial e conservação de peixes-boi-marinhos
VEJA AGORAAs espécies reagem de forma diferente a distintos impactos no ambiente, devido a caraterísticas que se expressam na escala de indivíduos, populações ou comunidades. Identificar que características ou conjunto de características podem fornecer a melhor informação disponível para apoiar um objetivo de conservação possibilita a priorização de medidas de conservação que tendem a produzir resultados mais efetivos. A ecologia do movimento fornece informações sobre estados internos, características, restrições e interações entre si e com o meio, na escala de indivíduos e populações, que podem ser usadas em avaliações do estado de conservação de espécies ou para aumentar a proteção de habitats sensíveis no interior da distribuição através da criação de áreas protegidas. Os peixes-bois-marinhos (Trichechus manatus manatus) são mamíferos aquáticos herbívoros atualmente classificados como “Em Perigo” de extinção devido à redução populacional decorrente da caça no passado e à perda e degradação de habitat gerada por impactos antrópicos. Tais impactos devem ser corretamente mensurados e espacializados de forma a entender que regiões estão sob maior pressão e assim possibilitar que medidas de conservação efetivas sejam adotadas. Neste estudo objetivamos (i) identificar características ecológicas e de movimentação dos peixes-bois-marinhos que auxiliem a (ii) avaliar a efetividade ecológica das áreas marinhas protegidas para sua conservação a partir de uma abordagem centrada na avaliação cumulativa de impactos e que ambos possam subsidiar a (iii) priorização de áreas e ações para conservação baseada na redução de ameaças para a espécie, inclusive oriundas das mudanças climáticas.
VER MENOSA importância das áreas marinhas protegidas para as tartarugas marinhas
VEJA AGORAA APA Costa dos Corais (APACC) é a maior unidade de conservação federal marinha costeira do Brasil, apesar disso ainda temos poucos dados sobre as tartarugas marinhas nesta área. Estudos prévios sugerem que a APACC é utilizada como parte de um corredor migratório e como área de alimentação para animais provenientes de importantes sítios reprodutivos no Brasil. Neste contexto, este projeto visa desenvolver atividades de conservação e pesquisa utilizando metodologias tradicionais e inovações tecnológicas, em consonância com o PAN Tartarugas Marinhas e com as prioridades globais de pesquisa e conservação destas espécies. A proposta se divide em seis grandes linhas: 1. Identificação das áreas de alimentação, através do acesso do conhecimento da população local, uso de drones, registro de encalhes, telemetria satelital e levantamento da comunidade bentônica. 2. Estudo do papel ecológico das tartarugas marinhas: para a conservação de longo prazo as tartarugas marinhas têm que ser reconhecidas não apenas como fauna carismática, mas também como importantes componentes dos ecossistemas. Neste contexto, além dos estudos tradicionais de dieta, também usaremos análises de isótopos estáveis para a compreensão da estrutura trófica do ambiente, e consequentemente do papel ecológico das tartarugas. 3. Identificação das áreas de nidificação, através do acesso do conhecimento local, levantamento de base de dados e monitoramento de praias. 4. Avaliação da conexão da APACC com outras áreas de alimentação e nidificação, através da caracterização do perfil genético das tartarugas marinhas que utilizam a APACC. 5. Avaliação dos riscos e da saúde das populações, através do uso de drones para a quantificação das atividades pesqueiras, avaliação da fibropapilomatose e ingestão de plástico. 6. Importância sociocultural das tartarugas marinhas, para isso usaremos entrevistas semiestruturadas para tentar acessar percepções, atitudes e comportamentos das populações locais em relação às tartarugas. Os resultados provenientes deste projeto, além de executarem diversas ações prioritárias do PAN Tartarugas Marinhas, serão associados a ações junto a gestão da APACC e comunidades locais visando a criação de um cenário favorável a conservação em longo prazo destas espécies.
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