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Fibropapilomatose: uma pandemia para as tartarugas-verdes

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A saúde humana prosperou durante o Antropoceno, impulsionada por melhorias no saneamento e na assistência médica. No entanto, nesse mesmo período, uma crise ambiental se desdobrou à medida que os processos de suporte e regulação da Terra foram explorados para sustentar o crescimento populacional humano e seu desenvolvimento. À medida que a crise ambiental se aprofunda, observamos um aumento na incidência de câncer na vida selvagem. O monitoramento da ocorrência de câncer na vida selvagem é fundamental para entender as ameaças à biodiversidade e à saúde humana, devido ao nosso ambiente e recursos compartilhados. Um caso emblemático de câncer na vida selvagem é a fibropapilomatose, que na década de 1990 passou a ser considerada uma pandemia para as tartarugas-verdes, afetando indivíduos em toda a distribuição da espécie. A etiologia da doença é multifatorial, sendo associada à presença do Chelonid alphaherpesvirus 5 e à degradação dos ecossistemas costeiros. Este projeto tem como objetivo avaliar e monitorar a ocorrência da fibropapilomatose, assim como definir quais são os fatores ambientais associados à doença. Ao entendermos os fatores ambientais relacionados à manifestação da doença, pretendemos também desenvolver a ideia da utilização da saúde das tartarugas-verdes como bioindicadora de qualidade dos ecossistemas costeiros.

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